Uma história de amor no estilo sci-fi que faz referências a outros filmes que abordam o mesmo tema, só que com um diferencial: é um filme adolescente. O que esperar então desse compilado de dias perdidos na qual não existe uma saída a não ser viver cada momento de forma única? Talvez essa seja a premissa do filme.
Escrito por Lev Grossman, mesmo autor da trilogia The Magicians, o filme aborda a vida cotidiana do adolescente Mark, que sonha em ser um artista, revivendo o mesmo dia over and over again, até que ele conhece Margaret, uma menina que também está passando pela a mesma situação. Os dois juntos então resolvem mapear os momentos perfeitos que ocorrem naquele dia na qual estão presos, assim desenvolvendo uma amizade que pode evoluir para algo maior.
É um filme fofo que trata da ansiedade de dois jovens que possuem objetivos diferentes e, que por via do destino, são colocados no mesmo cenário para que possam descobrir o significado da vida para cada um deles. Cheio de clichês e cenas que te fazem derreter o coração, o filme possui um romance bem construído e uma narrativa linear que não apresenta de fato o enigma e sim o desenvolvimento de cada personagem em relação ao momento que estão vivendo.
Agora precisamos falar sobre o final, pois isso foi a parte que me incomodou muito. O filme inteiro foi trabalhado com a proposta que esse loop era uma ameaça e que algo maior deveria ter acontecido, dando indícios que a resolução seria algo monumental (e um tanto quanto previsível), porém quando chegamos no clímax, nos deparamos com o maior deus ex machina já inventado na história do cinema: a famigerada frase “eu pedi e aconteceu”.
A narrativa do filme se perdeu no exato momento em que a resolução acontece, mesmo sendo algo parte de um momento tocante, certamente deveria ser sido mais trabalhada e com uma explicação plausível, mas não vou reclamar muito porque: 1 – foi escrito pelo Lev Grossman; 2 – é um filme adolescente.
Pra quem gosta de um filme apenas para distração, repleto de cenas fofas e que tocam o coração, então esse filme é pra você. O trabalho do altruísmo e da ansiedade do adolescente foi tão bem pontuado que deixa a obra um pouco mais profunda e te faz pensar sobre vários aspectos que geralmente não são abordados nesse tipo de conteúdo. É um bom filme para ver com quem você ama e vai te fazer chorar um pouquinho.