Tick, tick… BOOM! Juventude, o que é possível alcançar antes de ser consumido pelo tempo? O que está guiando a sua vida, o medo ou o amor? O mais novo sucesso da Netflix, estrelado pelo espetacular Andrew Garfield, conhecido por interpretar o Homem-Aranha, agora interpreta Jonathan Larson, um compositor de peças americano, mundialmente conhecido por Rent e seu monólogo de rock Tick, tick…BOOM!
Os anseios e deveres da juventude, fim dos estudos, seguir seus desejos, montar a carreira dos sonhos, brilhar, mas por um momento, quando você para e observa as coisas ao seu redor, percebe que a vida passou. Em algum momento, você não está mais tão jovem, a vida que você sempre desejou não está tão próxima, ou melhor, longe disso. Esse é um dilema que todos enfrentam em algum momento da vida, enfrentar o medo do fracasso, esse é o ponto que faz o filme ser uma experiência tão incrível, porque ocorre uma identificação sem igual, do público com a história do compositor.
Através de músicas incríveis, um elenco cativante, Andrew sendo extraordinário com uma atuação impecável, que sabia transitar entre todos os sentimentos de forma marcante e nos momentos certos, de forma teatral. A obra apresenta a vida do protagonista, que faltando poucos dias para os 30 anos, se encontra em dilemas com a namorada, com o emprego e o sonho dos musicais, é o momento de organizar a vida, antes que seu tempo acabe. Dedicou oito anos escrevendo o musical que poderia decidir todo o rumo de sua vida, nesse processo, teve diversas decepções, bloqueios criativos, dificuldades e perdas até, finalmente, conseguir alcançar o topo, o sucesso, a grande Broadway!
Além de tudo isso, ainda aborda assuntos que eram completamente importantes de 1990, como o HIV e a homofobia, no filme sendo apresentado pelo melhor amigo de Jonathan, que serviram de inspiração para as obras posteriores do protagonista.
Em suma, assistir à essa obra foi incrível. Andrew, com toda a certeza, foi a pessoa certa para o papel de um homem tão memorável. Assistir ao filme e se identificar com pelo menos um pouco de cada personagem é inevitável.