Em um ano que seria o mais importante do reinado da Rainha Elizabeth, duas grandes perdas abalaram a monarca no mês do seu jubileu: sua mãe e sua irmã mais nova faleceram com semanas de diferença. A morte da Princesa Margaret em 2002 foi o ato final de uma vida cheia de abusos e extravagâncias. A vida da caçula problemática da família real britânica voltou ao imaginário popular com o lançamento da série ‘The Crown’, que mostrou os impactos que a personalidade vibrante de ‘Margot’ poderiam ter causado à instituição representada por sua irmã.

Margaret Rose nasceu em 1930, em um período em que seu pai, então Duque de York, não era o futuro da coroa, garantindo a ela uma infância particularmente comum. Desde cedo, sua personalidade vibrante e seu estilo cativante chamaram a atenção, deixando claro para seus pais que pelo menos uma das irmãs amaria os holofotes. Quando seu pai assumiu o trono e Elizabeth subiu na linha de sucessão, Margaret passou a ser uma das futuras da instituição: uma jovem que mostraria ao mundo que a Coroa estava pronta para o novo.

Margaret teve uma paixão pelas artes e apoiou ativamente a cena cultural britânica. Seu envolvimento com artistas e seu patrocínio a eventos culturais deixaram um legado para o meio artístico do Reino Unido. A princesa também deixou sua marca no mundo da moda mundial, inspirando grandes marcas durante as décadas de 50 e 60.

Após a morte de seu pai e a ascensão de sua irmã, Margaret começou um romance com Peter Townsend, ex-cavalariço de seu pai e um homem divorciado. O controverso relacionamento desagradou a Igreja Anglicana e qualquer chance de casamento em que Margot continuaria como um membro sênior da Família Real foi prontamente vetada. Muitas são as versões criadas por tabloides para o fim do relacionamento, mas a mais aceita é que a Princesa encerrou seu vínculo com Townsend para não perder suas regalias e privilégios.

Em 1960, a princesa se casou com o fotógrafo Anthony Armstrong-Jones e recebeu o título de Condessa de Snowdon da Coroa. Armstrong e Margaret se divorciaram em 1978 depois de dezoito anos de um relacionamento conturbado e infidelidades cometidas pelos dois lados.

 

 

Margaret teve uma vida recheada de excessos, tanto com bebidas quanto com cigarros, e eles afetaram sua saúde no fim da sua vida. Na década de 80, passou por uma cirurgia para retirar parte do seu pulmão, operação semelhante à de seu pai antes de seu falecimento. Conhecida por sempre estar com uma piteira na mão, Margaret parou dee fumar em 1991, embora continuasse a beber muito

Suas décadas finais foram marcadas pela rápida deterioração de sua saúde. Em sua última aparição pública, a nobre se recuperava de um grave derrame e foi vista em uma cadeira de rodas, com o braço enfaixado e dificuldade para se comunicar. Em fevereiro de 2002, aos 71 anos, a irmã mais nova da Rainha Elizabeth morreu após sofrer um grave AVC.

Margaret Rose, com sua vida repleta de altos e baixos, é uma figura única e autêntica, no real significado da palavra. O drama histórico da Netflix, que chega ao fim após seis anos de sucesso, trouxe os dramas e controvérsias da caçula rebelde da família real e como sua personalidade volátil era o complemento ideal para a segurança transmitida por sua irmã, a Rainha.

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