Já imaginaram o que aconteceria se o filho de um presidente se apaixonasse por um príncipe europeu? Se os tabloides amam quando civis, como Catherine e Meghan, se envolvem com essas famílias, imagine o que pensariam ao saber de uma notícia dessas?

Esta é a principal premissa de “Vermelho, Branco e Sangue Azul”. Em um mundo onde Donald Trump não foi eleito, uma mulher assume a Casa Branca, com seu filho Alex servindo como o queridinho dos EUA. Após uma discussão acalorada em um casamento da família real inglesa, Alex passa alguns dias com o príncipe Henry em busca de acabar com rumores que possam prejudicar as relações diplomáticas entre os dois países. Com o passar do tempo, os dois formam uma amizade genuína, que se desenrola em algo mais durante uma festa de Ano-Novo.

Baseado no livro de mesmo nome, a comédia romântica LGBT apresenta um mergulho rápido no coração político dos Estados Unidos, enquanto não tem medo de mostrar a dureza e a suavidade de um relacionamento entre dois dos homens mais populares do mundo. Pessoas alheias ao método de votação ou às políticas internas dos Estados Unidos serão brevemente apresentadas aos métodos de campanha, enquanto Alex desesperadamente tenta conseguir o apoio do Texas para a reeleição de sua mãe democrata (um sonho liberal, todos nós sabemos).

Mas a política está longe de ser o foco principal da história; a verdadeira atenção está na paixão entre Alex Claremont-Diaz, que descobre e aceita sua bissexualidade, e o príncipe Henry da Inglaterra, um homossexual em uma das instituições mais conhecidas por reprimir sentimentos e anseios. Como figuras populares pelos tabloides na vida real, como Diana, Kate e Meghan, a relação da vida privada de pessoas públicas com a imprensa é explorada.

O filme também é bastante sensual e, de certa forma, delicado, ao contrário de outras produções para o mesmo tipo de público, onde o desejo desenfreado é o único traço de personalidade dos personagens. O diretor e os atores Taylor Zakhar Perez e Nicolas Galitzine, com uma química incrível, conseguem demonstrar luxúria, paixão, amor e vulnerabilidade em cenas íntimas.

Não é apenas o romance que brilha em “Vermelho, Branco e Sangue Azul”; o filme também alcança sucesso na parte da comédia do gênero. Desde a escolha criativa do sotaque de Uma Thurman até os trejeitos de uma assistente à beira de um surto, o longa é leve e perfeito para um fim de tarde.

Longe de se tornar um dos clássicos das comédias românticas, “Vermelho, Branco e Sangue Azul” é uma adaptação fiel de um livro divertido, trazendo à tona filosofias políticas e sentimentos como aceitação e amor próprio.

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