O ator Willem Dafoe, quatro vezes indicado ao Oscar, vai se reunir mais uma vez com a brasileira Bárbara Paz no drama futurista “Cuddle”, estreia de Paz na direção de um longa-metragem de ficção.
Dafoe foi produtor associado do documentário “Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou” (2019), dirigido por Paz como uma homenagem a seu falecido marido, o cineasta argentino-brasileiro Hector Babenco (“O Beijo da Mulher-Aranha”, “Carandiru”), e que representou o Brasil na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Internacional na 93ª edição da premiação.
Os laços de Dafoe com Paz e Babenco começaram com “Meu Amigo Hindu”, último filme de Babenco, lançado em 2015. Na obra semi-autobiográfica, Dafoe interpretou um cineasta à beira da morte, fortemente inspirado no próprio Babenco, enquanto Paz teve um papel pequeno, mas decisivo.
Em “Cuddle”, Dafoe viverá Dante, um profissional de abraços que oferece conforto platônico a desconhecidos em busca de conexão. Seus clientes variam entre pessoas emocionalmente fragilizadas e sobrecarregadas, todas em busca de um toque humano em um mundo onde o afeto se tornou raro e transacional. Por trás da fachada serena, Dante lida com um vício em analgésicos e uma existência solitária, suavizada apenas pela companhia silenciosa de seu cachorro. No entanto, um encontro inesperado quebra sua rotina e abre espaço para um tipo frágil e surpreendente de intimidade.
“Mais do que uma exploração da solidão, da necessidade de contato humano e da superação de desafios, essa história captura o espírito do nosso tempo”, afirmou Dafoe, acrescentando estar muito animado por voltar a trabalhar com Paz.
Para reforçar o prestígio da produção, a brasileira Conspiração — responsável pelo recente vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional “Ainda Estou Aqui” — se une à Infinity Hill, produtora do indicado “Argentina, 1985”, como co-produtoras ao lado da BP, empresa de Bárbara Paz.
“Cuddle” marca a primeira colaboração entre a Infinity Hill e a Conspiração, mas é a segunda coprodução da empresa com o Brasil, após “Puan”.