Envelhecer é uma realidade para todos e um medo para muitos. Não é incomum vermos a batalha intensa de mulheres (principalmente) contra as ações do tempo , tanto na realidade quanto na ficção. Em muitos filmes, a mulher é vista como uma figura iludida que está disposta a qualquer coisa para manter a juventude, sem pensar nas consequências. De maneira cômica, o filme “A Morte lhe Cai bem” aborda o preço que mulheres vaidosas pagam quando tentam lutar contra o tempo e suas inevitáveis ações.
Dirigido por Robert Zemeckis,mente responsável por clássicos como ‘Forrest Gump’ e a franquia ‘De volta para o futuro’, o filme acompanha a vaidosa atriz Madeline Ashton, infeliz em como sua aparência reflete sua idade; enquanto sua rival, Helen Sharp, aparenta ter achado a beleza jovial na meia idade. Após se encontrar com uma bruxa, tomar uma poção em troca de milhoes e rejuvenescer, Ashton é empurrada do alto de uma escadaria e quebra o pescoço.
Biologicamente morta, Madeline levanta e começa a agir como se quebrar o pescoço não passasse de uma inconveniência. No entanto, seu marido Ernest considera sua reanimação um milagre e procura preservar o corpo da melhor maneira que um cirurgião plástico conseguiria. Com o decorrer da história descobrimos que, Helen não é flor que se cheire e, assim como Ashton, pagou um grande preço para manter sua beleza.
Os efeitos práticos e digitais de 1992, embora hoje sejam visivelmente datados, ajudam a construir a estética Camp associada ao filme: a maneira que a Madeline de Streep manuseia seu pescoço como massa de modelar ou como seu corpo comicamente retorna às proporções originais auxiliam no senso de humor descabido oferecido pelo filme.
Uma premissa interessante, execução inusitada e moral atemporal, ‘A Morte Lhe Cai Bem’ é uma comédia exagerada, mas com todas as escolhas cômicas feitas da maneira certa.