Sete crianças com habilidades extraordinárias são adotadas por um milionário excêntrico, que as usa como uma equipe de super-herois mirins conhecida como “Umbrella Academy”. Anos depois, a família se reúne para o funeral do pai e, juntos, os seis “super-herois” enfrentam um apocalipse iminente. Baseada nos quadrinhos de Gerard Way, “The Umbrella Academy” foi um sucesso da Netflix por muitos anos, abordando temas como abuso, racismo e sexualidade, com um humor cínico e uma atmosfera única. Em uma Netflix pós-pandêmica, uma caótica terceira temporada de qualidade duvidosa consumiu a boa fé do público, afastando grande parte dos fãs fiéis. A última temporada esgota o restante da confiança que ainda se tinha na produção, mantendo a tradição da Netflix de arruinar suas séries promissoras.
Seis anos depois de aparecerem em uma linha do tempo alternativa e após recuperarem seus poderes, os irmãos Hargreeves são confrontados com a ideia do fim do mundo pela última vez. Enquanto os “Umbrellas” precisam colocar suas diferenças de lado mais uma vez, um grupo de lunáticos trabalha contra eles para que um evento, conhecido apenas como a “Purificação”, restaure a linha do tempo como era antes.
Dizer que a última temporada de “The Umbrella Academy” é um desserviço ao projeto é extremamente superficial. Em seis episódios que se arrastam e não mostram nada de novo à audiência, todos os desenvolvimentos da série são dissolvidos diante de nossos olhos. Atuações, antes críveis e impactantes, são reduzidas a: A) caricaturas de versões mais interessantes de seus personagens; B) performances cansadas e entediantes. Elliot Page, Emmy Raver-Lampman e o restante do elenco estão completamente desperdiçados.
De cenas de ação sem sentido a arcos de relacionamento completamente reavaliados, “Umbrella Academy” está longe dos dias em que Viktor se tornou o Violino Branco e explodiu a lua. Os efeitos visuais variam de passáveis a completamente patéticos, com grandes monstros e cachorros fantasmas parecendo efeitos visuais de filmes B. O enredo repetitivo e monótono tenta amarrar pontas soltas de temporadas passadas, mas é tarde demais para alguém se importar: ninguém dá a mínima para saber como o número seis, Ben, morreu. Ninguém se importa com a estranha relação entre Reginald e sua misteriosa esposa.
Tento encontrar aspectos que poderiam ser elogiados no último ano de “Umbrella Academy”, mas falho: a série se perdeu demais. Embora a terceira temporada tenha sido caótica, ainda possuía alguns poucos momentos legítimos e cômicos. Já a quarta termina uma série com potencial desperdiçado da mesma forma que todas as temporadas eventualmente terminaram, com uma narrativas em pedaços e um mundo destruído